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A tipografia, como técnica produtiva de impressão por tipos móveis, é obsoleta. Resgatá-la implica, portanto, numa escolha. Fazê-lo sob a ótica de lhe dar uma outra roupagem, extraindo de si aquilo que nenhuma outra técnica é capaz de fazer, e tentar torná-la, uma vez mais, produtiva, é um caminho possível e frutífero, se vinculado a diversos aspectos estéticos e materiais que lhe são únicos.

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Por outro lado, a tipografia, como técnica, apresenta, ainda hoje, características interessantes: é simples em sua execução, opera com materiais acessíveis e utiliza máquinas de alta durabilidade e baixa manutenção. Se aliada à atividade de encadernação e imbuída do espírito da conservação e do restauro, pode permitir a criação a objetos de vida longa e que dispensem recursos avançados, tanto materiais, quanto tecnológicos. Se aliada à vida duma comunidade, pode auxiliar na circulação de idéias, na promoção de cultura e na formação dum público que aprecie a leitura.

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É com este último espírito que realizamos nossas atividades.

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